quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Nokia se prepara para reviver N-Gage

Plataforma de jogos já tentou o sucesso duas vezes, mas não emplacou

29/08/2007 José Marque




A volta do N-Gage, da Nokia, levanta dúvidas. Qual a possibilidade de sucesso de uma plataforma que já fracassou não muito tempo atrás?

Lançado pela primeira vez em 2003 e novamente em 2004, o N-Gage não obteve o sucesso esperado e foi esquecido. Agora, sua fabricante anunciou que reviverá a plataforma, integrando-a a uma linha de smartphones (telefones celulares com funcionalidades extras e possibilidade de execução de outros programas). Como novidade, a tecnologia abordará agora jogos multiplayer, com campeonatos, compra e recomendação de jogos online, entre outras coisas.

Como gancho para atrair jogadores, parcerias com a distribuidora Electronic Arts e outros estúdios independentes, como é o caso da Digital Chocolate - voltada a jogos para celulares -, já foram assinadas.

Os novos aparelhos resolverão um dos principais focos de reclamação, que teriam colaborado para o fracasso do N-Gage: seu design equivocado, que exigia inclusive que o usuário removesse a bateria para inserir um novo jogo em cartucho; e o tamanho exagerado - falar nele era equivalente a segurar um PSP ao lado do rosto. O novo design é mais ergonômico e inteligente.

Através de uma parceria com a a americana Ideo, que já trabalhou com a Apple e a Palm, outro problema foi resolvido: a interface do sistema. Com atalhos na tela do portátil, seus principais recursos estarão sempre disponíveis, evitando que os recursos da plataforma ficassem mais uma vez escondidos sob mal estruturadas opções de menus.

Mesmo com o redesenho, a volta de N-Gage como plataforma é vista com ceticismo por boa parte da comunidade de jogadores e da mídia especializada, como é o caso do jornal NY Times, que em suas páginas publicou uma matéria intitulada "Toque de novo, Nokia. Pela terceira vez".

Todavia, a aposta da Nokia não é equivocada: mesmo abaixo das expectativas, as duas primeiras versões do portátil venderam mais de 2 milhões de unidades em um mercado até então pouco explorado, e rendeu mais de 50 games fabricados por empresas parceiras. Atualmente, o mercado esquenta e analistas acreditam que este ano o mercado de jogos para celulares renda US$ 4 bilhões, valor que deve ser dobrado até 2010.

Os primeiros jogos para o sistema serão lançados até o fim do ano. Entre os títulos previstos estão Fifa 08, The Sims 2 Pets, Tetris, Tiger Woods PGA Tour e Crash Bandicoot. Além da EA, a Capcom e a divisão portátil da Vivendi já se comprometeram a desenvolver títulos para a plataforma. O preço previsto para os jogos serão entre US$ 8,16 e US$ 13,60, com opções de aluguéis diários ou semanais a preços ainda indefinidos.

Serão cinco modelos a receberem a plataforma: o Nokia N73, o N81 (com variação para 8 GB), N93, N93i e o N95 (com variação para 8 GB também), a serem lançados em novembro, ainda sem preços definidos.

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Um comentário:

Pensamentos de um Labirinto Chamado Vida disse...

Sabe mais uam vez a Nokia tena implacar o NGAGE, ele seria muito bom e util , se não existisse o PSP e DS.
Infelizmente para jogos estes são os melhores consoles e essa tetnaitva eu acho que não vim mais uma vez, ma como um console como celular ate que legal essa tentativa.

Thiago Augusto Alves