quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Nokia defende Symbian aberto

A Nokia espera que a liberação da tecnologia Symbian usada nos seus celulares high-end vai encorajar desenvolvedores de internet a construírem aplicações inovadoras na plataforma, o que pode ajudar a empresa a ganhar market share.

Um sistema operacional Symbian disponível gratuitamente a ser controlado por uma fundação independente revigoraria a plataforma porque os desenvolvedores de novas aplicações de internet em áreas como redes e navegação sociais estariam mais propensos a usa-lo como plataforma.

“Acredito fortemente que um ecossistema aberto é mais benéfico do que um ecossistema sustentado por um capitão, ou melhor, um ditador”, afirmou Kai Oistamo, vice-presidente executivo de equipamentos da companhia em uma conferência hoje.

”A colaboração é a chave. Criar uma torta maior juntos cria uma fatia maior para todos nós.”

Fazer a plataforma ficar disponível gratuitamente para desenvolvedores era o objetivo quando a Nokia, a fabricante de celulares númer um no mundo, concordou em junho em comprar a Symbian por US$ 410 milhões.

A Nokia tem mais de 180 milhões de smartphones construídos no Symbian e desenvolveu a interface mais famosa da plataforma, a S60.

Mas a tecnologia enfrenta competição crescente do Google, Apple e RIM. A Nokia respondeu com seu plano de compra, que aguarda aprovação de reguladores chineses e europeus. A companhia afirmou que isso deve ser resolvido até o fim do ano.

Lee Williams, líder do S60 na Nokia, foi nomeado para ser diretor-executivo da organização sem fins lucrativos Symbian Foundation.

”Os novos entrantes trouxeram um tremendo nível de consciência”, disse ele. “Entre os consumidores, temos visto um crescente interesse em smartphones.”

Desde junho, 52 empresas afirmaram que têm planos de participar da fundação, incluindo todas as principais fabricantes de celulares, para brigar com o Google Android, que tem 34 membros, na batalha pelo mercado de software para celular.

A Symbian afirmou que retirar as taxas de licença custaria royalties que totalizaram US$ 300 milhões no ano passado.

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