sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Satélites Americano e Russo colidem sobre a Sibéria


Um satélite norte-americano bateu em um satélite russo desativado, segundo porta-voz militar dos EUA.

A colisão, que aconteceu na terça-feira (10/02), envolveu um satélite da empresa privada Iridium Satellite e um satélite russo de comunicações que estava fora de operação, de acordo com o tenente-coronel da Força Aérea Les Kodlick, do Comando Estratégico dos EUA.

"Acreditamos que foi a primeira vez que dois satélites colidiram em órbita", ele afirmou.

Segundo Kodlick, o comando do Centro de Operações Espaciais Conjuntas está rastreando cerca de 500 a 600 pedaços de destroços dos satélites, e alguns têm aproximadamente 10 centímetros.

Ele acrescentou que a colisão aconteceu a cerca de 790 quilômetros de altura (NE: 491 milhas), patamar no qual geralmente estão os satélites que monitoram o clima e realizam serviços de comunicação telefônica. "É uma órbita muito importante para vários satélites", disse.

A Estação Espacial Internacional voa em uma altitude baixa e a principal prioridade do comando é evitar colisões.

[via PlantãoInfo e CNET, imagem by O Velho]

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Em uma notícia relacionada...

James Cartwright, vice-presidente do Estado-Maior Conjunto e ex-chefe das operações militares espaciais americanas disse "Minha preocupação é que o campo de destroços fique lá por um tempo, talvez décadas".

"Então vamos jogar um pouquinho de queimada durante muitas dezenas de anos pela frente. A boa notícia é que, quando isso se estabilizar, fica relativamente previsível. A má notícia é que é uma área grande", afirmou ele a um fórum sobre as implicações das operações espaciais sobre a segurança nacional.

Um satélite de telecomunicações da empresa Iridium e um satélite russo desativado se chocaram na terça-feira a cerca de 780 quilômetros acima da região ártica russa.

A Iridium tem uma rede que usa 66 satélites para transmitir voz e dados para cerca de 300 mil clientes espalhados pelo mundo, especialmente em áreas que não são atendidas pelas redes terrestres de comunicações.

Cartwright disse que dentro de um mês será possível reestabelecer a localização segura para novos objetos espaciais, a salvo do lixo orbital.

Já há mais de 18 mil destroços catalogados pelo Centro de Operações Espaciais Conjuntas do Estado-Maior.

Como acontece com todos os objetos grandes o bastante para serem localizados, dados sobre os novos destroços serão divulgados pelo site Space-Track.org, "para que todas as nações e companhias com patrimônio no espaço tenham acesso à informação", segundo o tenente da Marinha Charles Drey, porta-voz do Comando Estratégico.

Outro porta-voz do Comando, coronel-aviador Les Kodlick, disse à Reuters na quarta-feira que mas de 500 pedaços de destroços estavam sendo monitorados desde a colisão. Ele afirmou na ocasião que aquela teria sido a primeira colisão entre satélites na história, mas um porta-voz do Pentágono contradisse isso na quinta-feira.

[via PlantãoInfo]

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