Duas notas sobre a TIM.
TIM sofre prejuízo de 107,92 milhões de reais no 1º trimestre
São Paulo - Receita líquida no período atingiu R$ 2,99 bilhões, crescimento de 5,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A TIM anunciou nesta terça-feira (06/05) que sofreu prejuízo de 107,92 milhões de reais no primeiro trimestre de 2008, aumento significativo em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o prejuízo foi de 19,46 milhões de reais.
Segundo a operadora, o resultado no trimestre foi fortemente impactado pelo aumento na provisão para devedores duvidosos, que atingiu 271,7 milhões de reais, o equivalente a 9,6% da receita líquida de serviços. No ano passado, esse porcentual era de 6,5%.
O aumento nas despesas com inadimplência foi resultado de uma campanha agressiva de televendas no segundo semestre de 2007. A política de crédito para o canal foi remodelada e será mais rigorosa, afirmou a companhia.
No trimestre, a receita líquida atingiu 2,99 bilhões de reais, um crescimento de 5,3% em relação aos três primeiros meses de 2007. A receita líquida de serviços aumentou 6,6%, totalizando 2,83 bilhões de reais. Já os ganhos com a venda de aparelhos caíram 14,5%, ficando em 155 milhões de reais.
Segundo a TIM, os serviços de valor agregado (VAS), especialmente a banda larga móvel (TIM Web e Nosso Link), foram preponderantes para o crescimento da receita de serviços. Metade dos atuais usuários do TIM Web não eram cliente da empresa antes de usar o serviço.
A receita bruta de VAS alcançou 327,1 milhões de reais no trimestre, crescimento de 29% em relação ao mesmo período de 2007.
O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 19,4%, para 535,36 milhões de reais, com margem de 17,9%, menor em 5,5 pontos percentuais do que a registrada no primeiro trimestre do ano passado.
A operadora fechou o trimestre com 32,5 milhões de clientes. A base de pós-pagos cresceu 19% no período, chegando a 6,8 milhões. Por outro lado, hoje esses clientes respondem por 20,8% do total, contra 21,7% no mesmo trimestre de 2007. Os usuários pré-pagos chegaram a 25,8 milhões, aumento de quase 25%.
O ARPU (receita média por usuário), impactado pelo forte crescimento em adições líquidas no período - 6,2 milhões - caiu de 34,4 reais nos três primeiros meses de 2007 para 29,5 reais este ano.
[via]
TIM fará reestruturação contra prejuízos
SÃO PAULO - A TIM fará uma reestruturação e cortará custos para reverter seu recente prejuízo.
A TIM preferiu não divulgar o nome da consultoria, mas, segundo Mario Cesar de Araujo, presidente da operadora, trata-se de "uma empresa de renome". As ações da TIM lideravam as perdas do Ibovespa, recuando às 13h54 mais de 7 por cento.
A companhia encerrou o trimestre passado com um prejuízo mais que cinco vezes maior o registrado no mesmo período de 2007: 107,93 milhões de reais. Além disso, a margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou em 17,9 por cento contra 23,4 por cento um ano antes.
A idéia, segundo Araújo, é promover uma revisão em todos os processos "para tornar a empresa mais ágil, otimizar e reduzir custos".
De acordo com o executivo, o foco da reestruturação não é cortar postos de trabalho, "mas essa é uma possibilidade que pode surgir com esse trabalho", destacou.
A TIM também informou que fará uma remodelagem de seus canais de televendas para que se tornem mais seletivos, depois de uma estratégia de forte agressividade adotada desde o segundo semestre de 2007 e que resultou em um aumento da inadimplência.
Segundo Araujo, a companhia quer que as equipes promovam um controle maior do crédito e também sejam preparadas para vender os serviços da chamada convergência, ou seja, além do celular com serviços de voz, também pacotes de dados e acesso à Internet, recursos que a companhia passa a destacar com a terceira geração de telefonia móvel, lançada pela TIM em 16 de abril.
No trimestre encerrado em março, a provisão para devedores duvidosos (PDD) da TIM atingiu 271,7 milhões de reais, equivalente a 9,6 por cento da receita líquida de serviços. A meta da operadora, segundo o presidente, é chegar ao final do ano com um índice médio de PDD de seis por cento da receita de serviços.
Contribuindo ainda para a queda nas ações, a companhia revisou meta de crescimento da receita líquida no ano, antes de 12 por cento, para em torno de nove por cento sobre 2007.
"Mantivemos as demais projeções inalteradas", salientou Araujo. A empresa espera manter a margem Ebitda, por exemplo, acima de 23 por cento das receitas este ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário