A Parks estima que em 2009 haverá 200 mil CPEs (Constumer Premises Equipment) WiMax estabelecidos no mercado brasileiro, apesar da indefinição sobre o leilão das faixas de freqüência de 3,5GHz e 10,5GHz e da promessa do Ministro das Comunicações, Hélio Costa, de que a licitação será realizada até outubro de 2009.
A empresa anunciou nesta terça-feira (28/10), na Futurecom, que dará início à fabricação local de CPEs WiMax a partir do próximo ano, por meio de uma parceria com a Asus. A expectativa é produzir 30 mil CPEs por mês. "Esperamos que essa capacidade seja insuficiente", afirma Mauro de Araújo, diretor comercial da Parks.
Em 2007, a Parks anunciou uma parceria com Intel, CPqD e Proxim para investir 1,5 milhão de dólares para a produção local de equipamentos WiMax 3,5 GHz. O investimento foi classificado como "prematuro" por Araújo, devido, justamente, à não realização do leilão.
O acordo com a Asus prevê a nacionalização de equipamentos da fabricante, permitindo uma redução entre 20% e 30% sobre o preço dos produtos, se eles fossem importados. "O dólar dificultou nossa matemática. Antes da bagunça do câmbio, a redução era esta", lamenta o executivo.
A Parks estima que os CPEs devem chegar ao consumidor final no primeiro trimestre do próximo ano, por cerca de 300 reais.
A empresa também pretende produzir localmente estações radiobase (ERBs) para WiMax e CPEs para 2,5GHz. A companhia está trabalhando com a indiana Sloka para trazer a fabricação de ERBs fixas para o País e com a israelense WiNetworks para a produção de ERBs móveis.
Araújo é otimista em relação às possibilidades do mercado WiMax quando a licitação das faixas de freqüência acontecer. "O céu será o limite, porque as cidades digitais vão se tornar realidade", diz.
Por enquanto, entre as concessionárias, apenas Embratel e Telefônica oferecem soluções utilizando redes WiMax. A oferta da Embratel é voltada apenas para clientes corporativos e a Telefônica anunciou recentemente a realização de um piloto com WiMax em dois bairros da cidade de São Paulo.
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